Municípios gaúchos oferecem acesso grátis à internet para população
Objetivo é usar a tecnologia no desenvolvimento social e econômico dos moradores
Celulares conectados à web pela rede da prefeitura se tornam parte de atividade extra classe para estudantes em Campo Bom Foto: Miro de Souza / Agencia RBS
JOANA COLUSSI
A intenção de usar a internet como um trampolim para o desenvolvimento de seus moradores leva municípios gaúchos a oferecer acesso gratuito à rede não apenas em locais públicos, mas em residências e no comércio.
Além dos projetos em Campo Bom e Lagoa dos Três Cantos (leia na página ao lado), agora Alvorada se prepara para entrar no, por enquanto, restrito grupo de fornecedores do serviço.
Com mais de 190 mil habitantes e menos de 15% das casas com acesso à internet, Alvorada busca reduzir índices de violência e evasão escolar com uma iniciativa que irá fornecer sinal wi-fi (sem fio) em toda a área do município, de 74 quilômetros quadrados.
Por meio de 18 antenas instaladas em prédios públicos, o sinal será distribuído para toda a população a partir de abril. Cada repetidora terá um sinal de alcance de 300 metros. Os primeiros testes serão feitos na próxima semana.
— Queremos oferecer uma internet de uso social, beneficiando pessoas que não têm condição de pagar pelo serviço — explica Cristiano Holfteim, diretor-geral de Tecnologia da Informação e Comunicação da prefeitura de Alvorada.
A estrutura que está sendo montada poderá suportar simultaneamente até 35 mil assinantes em uma velocidade de até 300 kbps (unidade utilizada para medir a capacidade de acesso à internet, que informa se a velocidade navegação será mais rápida ou lenta).
Para os moradores que estiverem foram do raio de 300 metros ou localizados em áreas de sombra, a alternativa será instalar uma antena de rádio – que potencializa o sinal em até 2,5 quilômetros.
Alvorada investe R$ 1,1 milhão
O acesso permanente será liberado depois de um cadastro do morador. Aos visitantes, será fornecida uma senha de 24 horas. O uso da rede será administrado com políticas de controle de conteúdo, com restrições de acesso a sites adultos e de downloads (salvar no computador) de arquivos protegidos por direitos autorais.
— Queremos que o serviço seja usado para fins educativos, como forma também de combater o tráfico de drogas — acrescenta Holfteim.
Vizinha de Porto Alegre, Alvorada tem o menor PIB per capita (resultado da divisão do total de riquezas geradas no município pelo número de moradores) entre os municípios da Região Metropolitana: R$ 5.553. O valor é cinco vezes menor do que o PIB da Capital, por exemplo.
Para levar internet sem fio à população, a prefeitura investirá R$ 1,1 milhão, incluindo recursos do Ministério da Educação. Atualmente, Alvorada tem 12,6 mil assinaturas de acesso à web, conforme dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A proporção é de 13,5% em relação aos moradores – quase três vezes menor do que a média nacional.
— Nas camadas mais carentes, pais e mães não chegariam perto do computador se não fossem os filhos terem acesso à rede nas escolas ou em locais públicos — diz a doutora em Educação Helena Sporleder Côrtes, da Faculdade de Educação da PUCRS.
Para a professora, embora as novas mídias não sejam a única forma de aumentar as perspectivas de crianças e jovens, a ferramenta tornou-se um universo de conhecimento e de possibilidades de aproveitamento pedagógico.
— Estamos na sociedade da informação, transformar essa informação em conhecimento é o grande papel do educador — completou Helena. Leia mais...
Além dos projetos em Campo Bom e Lagoa dos Três Cantos (leia na página ao lado), agora Alvorada se prepara para entrar no, por enquanto, restrito grupo de fornecedores do serviço.
Com mais de 190 mil habitantes e menos de 15% das casas com acesso à internet, Alvorada busca reduzir índices de violência e evasão escolar com uma iniciativa que irá fornecer sinal wi-fi (sem fio) em toda a área do município, de 74 quilômetros quadrados.
Por meio de 18 antenas instaladas em prédios públicos, o sinal será distribuído para toda a população a partir de abril. Cada repetidora terá um sinal de alcance de 300 metros. Os primeiros testes serão feitos na próxima semana.
— Queremos oferecer uma internet de uso social, beneficiando pessoas que não têm condição de pagar pelo serviço — explica Cristiano Holfteim, diretor-geral de Tecnologia da Informação e Comunicação da prefeitura de Alvorada.
A estrutura que está sendo montada poderá suportar simultaneamente até 35 mil assinantes em uma velocidade de até 300 kbps (unidade utilizada para medir a capacidade de acesso à internet, que informa se a velocidade navegação será mais rápida ou lenta).
Para os moradores que estiverem foram do raio de 300 metros ou localizados em áreas de sombra, a alternativa será instalar uma antena de rádio – que potencializa o sinal em até 2,5 quilômetros.
Alvorada investe R$ 1,1 milhão
O acesso permanente será liberado depois de um cadastro do morador. Aos visitantes, será fornecida uma senha de 24 horas. O uso da rede será administrado com políticas de controle de conteúdo, com restrições de acesso a sites adultos e de downloads (salvar no computador) de arquivos protegidos por direitos autorais.
— Queremos que o serviço seja usado para fins educativos, como forma também de combater o tráfico de drogas — acrescenta Holfteim.
Vizinha de Porto Alegre, Alvorada tem o menor PIB per capita (resultado da divisão do total de riquezas geradas no município pelo número de moradores) entre os municípios da Região Metropolitana: R$ 5.553. O valor é cinco vezes menor do que o PIB da Capital, por exemplo.
Para levar internet sem fio à população, a prefeitura investirá R$ 1,1 milhão, incluindo recursos do Ministério da Educação. Atualmente, Alvorada tem 12,6 mil assinaturas de acesso à web, conforme dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A proporção é de 13,5% em relação aos moradores – quase três vezes menor do que a média nacional.
— Nas camadas mais carentes, pais e mães não chegariam perto do computador se não fossem os filhos terem acesso à rede nas escolas ou em locais públicos — diz a doutora em Educação Helena Sporleder Côrtes, da Faculdade de Educação da PUCRS.
Para a professora, embora as novas mídias não sejam a única forma de aumentar as perspectivas de crianças e jovens, a ferramenta tornou-se um universo de conhecimento e de possibilidades de aproveitamento pedagógico.
— Estamos na sociedade da informação, transformar essa informação em conhecimento é o grande papel do educador — completou Helena. Leia mais...
ZERO HORA
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